sexta-feira, 18 de junho de 2010

Portão verde

Há dois dias atrás fugi da normalidade, daquilo que a minha vida tem vindo a catalogar como normal, rotineiro, previsível. Obviamente que já voltei à minha rotina, ou não fosse eu eu mesma, mas esse dia foi mais do que inicialmente aparentava ser. Ia sair, tratar de assuntos e voltar a casa. Era o que eu pensava, mas não foi...

Já lá tinha passado tantas vezes... nunca me tinha apercebido. Nunca reparei naquele edifício, nunca o vi como familiar, nunca o encarei dessa forma. Para mim era um edifício normal, grande, antigo, como muitos no Porto. Tão vulgar que nem reparei no cartaz gigante ao seu lado com o seu nome. Mas ela reparou, parou e disse-me.

Mas isto é... fez-se um clique! Vivi algo que não sei muito bem explicar. Senti que a memória mais submersa no inconsciente tinha sido despertada, senti-a a percorrer todo um caminho até me lembrar...

Aquele portão verde, aquela entrada e aquela menina pequena... aquele eu.

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