terça-feira, 20 de julho de 2010

Animalzinho

Darwin... aquele senhor que disse que eu era parente de um macaco é... um macaco ele mesmo!

Tudo o que ele disse é mentira! Aquela coisa da selecção natural... isso não existe! Podem ficar chocados, senhores investigadores da evolução humana da comunidade científica internacional. Fiquem, a mim não me chateia nada, mesmo nada! Aliás, enviem-me e-mails a pedir que desminta isto publicamente (como se aquilo que é dito por uma rapariga com sapatilhas roxas, ainda por cima velhas, importasse).

Segundo este senhor, os animaizinhos mais fracos são eliminados pela natureza para dar lugar aos animaizinhos mais fortes, que nasceram com umas garras mais afiadas e que por isso têm mais direito à vida. Se pensarmos bem é uma maneira misericordiosa da mãe natureza dizer "Sim, sou uma filha da mãe que mata os animaizinhos, mwahahahahahahah". Pois, mas é mentira, a mãe natureza é uma filha da mãe, concordo, que não faz essa selecção. Porque se fizesse eu já tinha desaparecido há muito tempo.

Eu sou um animalzinho fraco, sem garras, com pouco pelo e sem jeito nenhum para correr. Se a selecção natural existisse, eu já tinha morrido de hipotermia e de fome. No máximo tinha durado 6 meses (contando que a minha mãe me amamentasse até essa altura). Se essa forma misericordiosa de exclusão dos inadaptados existisse, eu não tinha de me continuar a sentir como me sinto, não tinha de experimentar o que já experimentei, não tinha de ver o que já vi. Provavelmente perderia muita coisa boa, é certo, mas também evitava muita coisa, mas muita coisa má. Mas a coisa boa compensa?

Não sei! Com os últimos acontecimentos tendo a pensar que não, que realmente não compensa. E, se ninguém me ensinar a caçar, se ninguém me der um colo quentinho para dormir, vou continuar a ser esse animalzinho frágil e assustado!

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