terça-feira, 8 de junho de 2010

A decisão

Acho que acabei por ceder. Sim, cedi! Cedi aos conselhos para a criação de um blog e cá está ele.
Não faço a menor ideia do que vou escrever aqui. Provavelmente ficará uns dias parado, à espera que dele me lembre e que cá venha escrever uma mensagem ou duas e, depois, cairá outra vez no esquecimento.

Não disse a ninguém. Não disse a ninguém que o ia criar. Acho que me decidi quando me lembrei do nome. Realmente, quem é que tem um blog com semelhante nome. Mas Velhas Sapatilhas Roxas soou-me bem, bastante bem aliás.
Talvez para alguns seja nojento (estamos verdadeiramente próximos dos pés, neste caso dos meus pés), talvez para outros seja original... afinal quem é que tem sapatilhas roxas nesta vida? Eu! E são velhas, muito gastas... Mas eu continuo com a minha cisma, com a minha mania... já colei a sola que estava descolada e a parecer mal. Quer dizer, colei a pouca sola que ainda têm. É que quase não a têm, são daquelas sapatilhas rasas que, por serem velhas, estão ainda mais rasas do que o que era suposto. Mas são minhas e, mesmo que compre outras, decerto não serão roxas nem tão rasas como estas.

O que quero dizer com isto? Não sei. Talvez explicar o porquê de criar o blog.
Porque falo sobre sapatilhas? Porque provavelmente irei falar sobre coisas ainda mais estranhas (isto pressupondo que não irei ignorar a existência deste blog).

Então que fique oficialmente criado o sítio das Velhas Sapatilhas Roxas, um sítio onde várias pegadas serão deixadas!

2 comentários:

  1. Poderei tentar entender-te. Velhas sapatilhas roxas... porquê que gostas tanto delas mesmo depois de tanta cola gastares e de tanto fazeres para as teres nos pés? É fácil querida, vê bem:

    As coisas que nos fazem sentir bem, confortáveis, seguros, são as coisas com o aspecto mais velho, mais inocente, mais estúpido, porque são nossas. Únicas. São aquelas coisas que nos recordam dos tempos em que sorrimos e dos tempos em que tudo era fácil. Ou então, aquelas coisas que nos fazem sentir em casa, no nosso cantinho, no nosso espaço rodeados dos nossos. Ou até mesmo aquelas coisas que nos recordam de quem somos, que nos fazem sentir que tamanha confusão que paira no ar não nos faz sentir menos "nós".
    Imagina que as tuas sapatilhas roxas são os teus amigos, aqueles que por mais merda que te saia da boca para fora, que por mais absurdo que seja o teu problema, à distância de uma chamada/mensagem/abraço, te fazem sentir TU. Que te fazem sentir segura, forte, alguém. Por mais que se conheça este ou aquele, O ou A amiga, irmã, avô, avó, o que for, será sempre aquela pessoa... e por mais que o tempo passe, por muitas pessoas que conheças, por muitas amizades criadas, nada nem ninguém será como essa pessoa. Ou se não quisermos falar de pessoas, podemos falar de épocas ou fases... a fase em que somos completamente inocentes e que a vida é óptima e que por mais que as mudanças se avizinhem e sejam boas, nem sempre mudar é bom, e sente-se falta do que era "nosso".

    Não sei se o que digo faz sentido, mas é sentido. :P
    Não quero dizer que serei uma velha sapatilha roxa com solas rompidas e coladas, mas caso queiras poderei ser, sei lá, umas all star amarelas com uns pinos engraçados para tu calçares de vez em quando... também combino com o roxo! :P

    You're not alone, babe *

    (descobri hoje que tenho mais problemas de joelhos e que agora me está a afectar a anca e que poderá vir a ser bastante grave! What else? )

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  2. Essa tua ideia de seres uma all star amarelas parece-me óptima! Acho que preciso de sapatilhas dessas, as que tinha parecem desaparecidas...

    (Oh minha querida, espero que melhores e que não seja nada de grave, que seja só um susto. Qualquer coisa, já sabes. Eu também posso ser umas pantufas ou algo assim) :)

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